Brincar a sério

19.9.06

Ora aí está uma medida bem implementada.

Confrangedora a magreza desta jovem, não é?
Isto não pode ser a elegância procurada pelas nossas jovens!?
De um dia para o outro, nasce um nova lei em Espanha, e em que afortunada hora. Desde meados de cinquenta do século passado, todas as jovens tinham um sonho: entrarem nos "CTT" para serem operadoras de telefones (telefonistas). Muitas cumpriram esse sonho, mas como não há bela sem senão… era-lhes vedado o direito a serem mães, enquanto desempenhassem tal tarefa. Hoje as incidências são outras, quiçá mais nefastas, perigosas mesmo. As jovens continuam a ser apaixonadas, sonhadoras e patéticas, ao pretender viver de um sonho, que na maioria dos casos é efémero. Ser escolhida para entrar em actuações noveleiras ou simplesmente aparecer nos écrans de TV, em séries promotoras de ilusões. A juventude portuguesa não pode, nem deve estar refém de um momento. Há cerca de 50 anos surgiu no panorama artístico espanhol, uma vedeta de nome Joselito, herói de muitas aventuras, sempre bem sucedido em cada trama. A única trama em que não teve sucesso, foi a sua própria. Deixou de ser atraente a partir dos 13 anos, e acabou esquecido, como se de tralha se tratasse. É este medo que me faz escrever estas linhas. Estes jovens, aos quais é dada a possibilidade de mostrar os seus elegantes dotes físicos, porque é disso que se trata, veja o traje que na maioria do tempo apresentam, e só um ou dois teria lugar a ocupar. Os que agora são dispensados, por cansaço dos seus personagens, vão fazer o quê? Temos então que, na fome de imitar as modelos de que são fãs, as meninas portuguesas, cegam de inveja e só pensam exibir os seus corpos reluzentes, mas exagerada e doentiamente magros. Não há ponta de sensatez na contratação desses jovens, e o aproveitamento por parte das estações de Televisão, por um punhado de euros, é tão evidente, que ninguém decifra a maldade que se está a fazer aos miúdos. Aprovo por completo, que a lei também seja adoptada em Portugal, e já agora, que estes garotos sejam obrigatoriamente acompanhados por advogados, aquando da assinatura de contratos. Aqui o Estado tem por obrigação, proteger esta ânsia de fama a qualquer preço. Aconselho os jovens a procurar cultura, que os projecte para um futuro bastante mais promissor que a vida artistica, que como é evidente, para dar para uns, não dará para todos.

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