Brincar a sério

25.9.06

Acreditam nisto?

Este é o tal conselheiro, a que me referia no post anterior, que reivindica mais papel para ser mais eficaz. «« Mais poder para o Supremo »» Melhores salários e instalações, mais apoio e maior visibilidade. São estas, em linhas gerais, as prioridades do conselheiro Noronha do Nascimento para o Supremo Tribunal de Justiça… A três dias das eleições para a presidência daquele Tribunal, apenas um candidato mostrou interesse em chegar à cadeira mais alta da Magistratura e posicionar-se como a quarta figura do Estado português. A vitória de Noronha é tida como certa, tanto mais que o único adversário que o desafiou, Pinto Monteiro, saiu de cena depois de ter sido nomeado procurador-geral da República. Estou muito revoltado, este sr deve ter uma barriga fora do vulgar. Ele terá consciência do que é uma crise económica? Não deve ter, esse tipo de coisas não o atinge, continua a fazer compras de Natal caríssimas na casa do espanhol. Para ele só deve existir o binómio: mais dinheiro = mais eficácia, o que quer dizer que só faz, se lhe apresentarem o docinho que faz trabalhar os macacos no circo. Não consigo calar a minha revolta! Eu já sabia que a justiça é cega, mas que não enxergasse o mais evidente, estava longe de imaginar. Desculpem-me se não escrevo todas as tretas referentes a estes lugares de destaque no País, com letra grande, mas não consigo ter respeito por quem não me (nos) respeita. Até tenho as minhas dúvidas, se a nomeação do outro sr conselheiro para PGR, este não ficou a cantar a solo para ter entrada garantida no Supremo, e não ser outra vez derrotado, como foi derrotado durante anos, o prémiado da literatura, o portunhol José Saramago, e ficar a sua eleição adiada para as calendas gregas, que não existem. Justiça divina não existe, e pelos vistos a dos homens só actua do alto para o baixo, não há força para a empurrar até lá cima, e a fazer desabar nos gajos com mãos sapudas.

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