Brincar a sério

15.8.06

Eu já sabia...

Eu já sabia… ...que o exibicionismo de uma pseudo vitoria ia acontecer. Apesar de terem sido esmagados, a confirmar pelo número de baixas, o hezbollah reclama vitória onde os 2 beligerantes sairam a perder. Israel porque para resgatar 2 militares, perdeu uma centena de cidadãos e militares. o hezbollah, porque foi rechaçado para longe da fronteira, com o peso na consciencia, das mais de mil baixas sofridas entre o povo palestiniano. O acordo de cessar fogo continua assente em chão minado, e os palestinianos vivem lado a lado, com um barril de pólvora. Refere-se o hezbollah a uma vitória estratégica, mas sobre o quê? E uma vitória histórica, sobre quem?`´E evidente que os membros do hezbollah só fazem estas afirmações para o povo ávido no seu fanatismo, de se agarrar a uma qualquer outra beligerança, (porque só sabem viver assim) desde que consumada contra o inimigo ocidental. Na hora de recrutar para a reconstrução e trabalhar em prol de uma paz duradoura, entre vizinhos, fala mais alto o rancor contra os povos que não seguem o Islão. mas é certo que para os árabes, o Islão só é invocado quando lhes convém, porque como religião, o Islão é seguido por muito poucos muçulmanos, pouquíssimos mesmo. Veja-se a lagria que manifestam quando são feitos ataques a pessoas e bens ocidentais, e os que aparentemente não se manifestam, sentem-no no mais profundo deles. o Islão não é isto, e é muito mais que isto! Sou ateu, mas acredito na bondade e na maldade do ser humano, e sei reconhecer quando exisatem seres prédestinados. os muçulmanos viveram sempre em conflito com uns com os outros. transversalmente ao Islão, existem as ceitas e tribos, onde nascem e se desenvolvem mentes perversas, mesquinhas, e rancorosas, que tudo fazem para levar a destruição ao vizinho, num ódio sem par. O que reclamam, mais não é, que a total destruição do Ocidente e dos que não professam da mesma cartilha Nasrallah diz que Israel foi um inimigo "fraco" e "cobarde"Hezbollah reclama vitória na guerra com Israel 14.08.2006 - 19h08 AP O líder do Hezbollah reclamou hoje uma “vitória estratégica e histórica” da resistência libanesa na guerra contra Israel e afirmou que este “não é o momento certo” para discutir o desarmamento do movimento. “Celebramos hoje uma vitória estratégica e histórica, sem exageros, para o Líbano, todo o Líbano, para a resistência e toda a nação islâmica”, afirmou o xeque Hassan Nasrallah, numa gravação transmitida pela televisão do Hezbollah, menos de 12 horas após a entrada em vigor do cessar-fogo imposto pela ONU.Para o dirigente radical xiita, Israel mostrou-se “confuso, fraco, cobarde e derrotado”, em contraste com as forças do Hezbollah, que “operaram milagres” durante as cinco semanas de conflito.Segundo Nasrallah, “a devastação maciça e a destruição” infligida pela aviação israelita no Líbano mostram “o fracasso e a impotência” das forças inimigas. Nasrallah afirmou que os bombardeamentos destruíram “15 mil residências no Sul do país, no vale de Bekaa [Leste] e nos subúrbios de Beirute”, mas prometeu que o movimento vai ajudar na reconstrução destas áreas, maioritariamente xiitas, e pagar o equivalente a um ano de renda e o custo do mobiliário a cada uma das famílias afectadas.Durante a intervenção, celebrada com disparos nas ruas de Beirute, o líder do Hezbollah afirmou que “este não é o momento certo, a nível moral e psicológico”, para discutir o desarmamento do movimento, sob o risco de favorecer os interesses israelitas.Para Nasrallah, esta questão deverá ser negociada no âmbito do Governo libanês, sustentando que “seria imoral, incorrecto e apropriado” discutir esses assuntos publicamente, sublinhou.Contudo, o xeque deu novamente a entender que o movimento não está disposto a renunciar, a breve prazo, à sua componente militar, ao afirmar que as forças que a ONU vai enviar para o país e o Exército libanês “são incapazes de proteger o Líbano” das ameaças externas. In Público ----<<<----------------------------------------------------------------------------->>>---- Faz talvez uns seis anos que estive em Cuba e visitei alguns locais, certamente, os mais turísticos; numa das visitas guiadas em Havana, percorri com olhar aguçado as ruas onde era visível a degradação generalizada dos prédios, das calçadas... perguntei à guia, rapariga nova, qual a razão de uma degradação tão evidente das casas, dos prédios, ao que respondeu, sem que não olhasse primeiro para tudo quanto era sítio demonstrando uma insegurança visível:- sabe que Cuba tem prioridades como a saúde, a educação, o bem social... não posso dar-lhe mais pormenores. Naquelas ruas, nas entradas dos prédios por onde espreitei saltava à vista a pobreza, a falta do essencial. As janelas sempre abertas ( o clima é agradável ) deixavam esvoaçar espécie de cortinas ( trapos...) sendo possível perceber a exiguidade dos meios daquela gente, apesar de tudo, sempre com um sorriso nos lábios. Comprei três quadros a óleo, pequenos, pintados sobre uma base que não era tela, mas um tecido adaptado para receber as cores das paisagens, que ainda hoje guardo. Quando os contemplo, lembro-me do olhar poético do ancião que os reproduziu e a quem pedi para os assinar. Disse-me na altura:- só se for na parte de trás... porque posso ter problemas, sabe que a arte em Cuba é um bem nacional... – pensei o mesmo em relação aos charutos, cuja receita recai sempre a favor do Estado, razão porque os artesãos das fabriquetas “roubam” alguns para colmatar a desgraça dos magros orçamentos familiares. Nos “resorts” turísticos onde os espanhóis há muito se adiantaram no negócio, antecipando a sua capacidade de investir e que constitui uma excelente receita para o estado Cubano, o vulgar cidadão não “deve” aproximar-se demais, talvez para não ter contacto estreito com as “maravilhas” do capital duro... excepto, naturalmente, aqueles que trabalham nesses complexos turísticos. Antes de sair do hotel, no regresso, à mulher ainda nova, que “amanhava” o quarto todos os dias notei uma ansiedade estranha, quem sabe se os apetrechos de viagem normais ( sapatos, camisas...) para ela fossem um luxo. Ofereci-lhe umas T-shirts, umas sapatilhas... e aquele olhar de imensa gratidão deu-me espanto. Como podem coisas vulgares para tantos ser uma dádiva sem limite para outros? De Cuba recordo o hotel magnífico que remonta aos tempos dos “americas”, antes da revolução, em contraste com a descoloração e a falta de reboco daqueles prédios; recordo-me dos “camelos” ( transporte público enorme com uma “marreca” onde se desloca “à borla” o povo cubano amontoado, puxado por um tractor de camião TIR ).Pergunto-me se em meio século teria sido possível fazer mais, apesar do embargo norte-americano ou se se poderia fazer de forma diferente e melhor... é que a teimosia do “homem” tirou muita alegria a um povo...Se nem tudo é mau como na saúde ( têm profissionais que invejam...) na educação escolar em que uma boa percentagem tem curso superior, mas que de pouco serve... é vulgar encontrar nos vários mercados de artesanato ( são grandes artistas ) pessoas como aquele que abordei e que disse: - sabe, fui professor de História, sou licenciado, mas num dia a vender os meus bonecos ganho mais do que num mês na escola... por isso, deixei o que mais adorava – ensinar. Não sei se o futuro desta imensa ilha será melhor depois de Fidel. Como se vive por lá neste momento não é certamente o melhor mundo que se ambicione... pelo menos na liberdade de expressão e de pensamento. Também não sei se neste momento as fachadas dos prédios já lamberam tinta... Entretanto, o embargo não tem surtido o efeito tão desejado, afinal, as elites comem sempre bem. posted by martelo at «««« caixinha de pregos »»»»
16:53:20
Já fiz menção ao meu não alinhamento em questões de religião, continuo agora a justificar o porquê do estatuto que escolhi, ainda de tenra idade. O meu pai foi marceneiro toda a vida, assistiu a muitos fenómenos, e um deles foi as aparições de Fátima. Os portugueses foram convencidos, após muitas lutas, que as aparições tinham mesmo acontecido. Não digo que não nem que sim, quem quer acredita, quem não quer, não acredita, mas passando: como marceneiro, e trabalhando para uma marcenaria de uma grande robustez, foi um dia colocado a fazer trabalhos na paróquia de Parede (Concelho de Cascais) em casa do padre. Eu tinha por essa altura 7 anitos. Em conversa de padre, foi o meu pai inquirido por este acerca da relação família/igreja, ao que o meu pai respondeu que muito simplesmente não existia. O padre deu meia volta, e não mais apareceu naquele dia.(nem nos seguintes) e no dia seguinte, o meu pai não mais voltou a ir a casa do dito padre. Com cerca de 4 aninhos, para que os meus pais pudessem ir trabalhar para sustentar a família, fui colocado numa creche, à beira da linha do combóio, Lisboa/Cascais, mas também situada em Parede, o nome era Casa da Sagrada Família. E cedo comecei a sofrer na pele os efeitos a condição da minha não relação com a igreja. Uma mulher, do mais feio que se possa imaginar, era colaboradora da dita casa, e em simultâneo , frequentadora assídua da igreja. Como já era sabido que ninguém lá em casa frequentava o lugar, andávamos todos debaixo de olho da paróquia (padre). É sabido que a perseguição por motivos religiosos era uma constante. Então a vingança da atrás descrita senhora, era dar-me beliscões, mesmo em cima das vacinas que todos levamos em petizes. Ainda hoje sou portador das marcas de tal raiva contra mim. Para evita o contacto com esta sanguinária criatura, desviava-me dela sempre que podia e para tal, aquando das refeições, fugia para o jardim e escondia-me nos mióporos, a devorar as bagas para matar a fome. Outras vezes ia para a horta e arrancava cenouras e comia. Não fora a senhora cozinheira e muitos mais dias teria ficado sem comer, porque era no refeitório que ocorriam a maioria dos ferozes ataques às feridas nos braços, provocadas pela sanguessuga feia.
Já frequentava a escola primária nova de Parede, quando uma outra senhora, portadora de deficiência física, mas também frequentadora do antro religioso teve a infeliz ideia de bater à minha porta. O meu pai calhou a ir abrir a mesma, e logo de chofre, a dita perguntou ao meu pai porque motivo ele não mandava os filhos à igreja. A resposta até parece que já estava estuada, porque a rapidez com que foi dita, impressionou-me a sério. “ E a senhora não terá lá em casa roupa suja e rota, para lavar e coser, em vez de andar a angariar crianças para o antro de desavergonhadas que vocês são? Nunca obrigarei os meus filhos a fazerem, aquilo que o meus pais nunca me obrigagram a mim a fazer.” Por conta da dita creche, ainda frequentei umas aulas de catecismo, porque era obrigado. Da creche até à igreja, seriam talvez, uns 500 metros, não tenho a certeza, mas do que me lembro houve em tempos uma passagem de nível na linha do combóio, entre Carcavelos e Parede, era aí nesse ponto, mais ou menos que estava a dita creche. Certo dia, fazia uma tempestade daquelas…à antiga, lá fomos 5 garotos a pé para uma dessas aulas. O vento era quase intransponível para garotos, a chuva trespassou-nos até aos ossos, a trovoada medonha e os relâmpagos faziam esticar todos os pelinhos das costas, cabeça e braços. Quando chegados à catequese, já a catequista nos esperava de mãos postas em reza. Éramos pequeninos seres, desejosos de um abraço fosse de quem fosse, tal o medo que se apoderou de nós. Mandou-nos reunir à volta da mesa e mal começou a disparatar acerca de santos e santinhos, eis que um relâmpago, em simultâneo com o trovão, se abateu sobre o pára-raios da casa. Malgrado o nosso valente susto, nada mais nos aconteceu, mas a catequista virou os pés por cima e caiu desamparada para traz de encontro à parede onde se situava uma larga janela, fechada, claro. Nós nem pensámos duas vezes, saímos dali o mais depressa que as nossas perninhas conseguiram, e até hoje, nunca mais entrei em sítios ligados a qualquer religião. Os meus pequenos amigos não sei como foi. Entretanto acabei por contar em casa, o meu sofrimento durante os períodos em que me encontrava à guarda da creche e tiraram-me de lá. Passei a ir com a minha mãe para os trabalhos que tinha, outras vezes ficava em casa da vizinha de baixo, que já era velhinha, até ir para a escola. Felizmente as únicas más marcas que ficaram da infância foram as provocadas pela facínora feia. Com respeito a padres, não são mais que homens, com os mesmos defeitos e virtudes que os outros, por isso não me merecem mais respeito que qualquer ser humano. Agora uma opinião, que será certamente só minha: ----
“o mal do Mundo começa nas religiões, tem no meio estas, e no fim ainda as mesmas!”
ass:
V.R.

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